quarta-feira, 29 de junho de 2011

Greve nas escolas estaduais continua – assembléia de professores e funcionários acaba de decidir

 
Milhares de profissionais das escolas estaduais decidiram há pouco em assembléia no Clube Municipal, na Tijuca, continuar a greve da categoria. A greve começou dia 7 de junho e até hoje o governo não fez uma contraproposta às principais reivindicações da categoria, que são: reajuste emergencial de 26%; incorporação imediata da gratificação do Nova Escola (prevista para terminar somente em 2015); descongelamento do Plano de Carreira dos Funcionários Administrativos.

Na sexta-feira, dia 1 de julho, os profissionais de educação irão até o supermercado Mundial, na Rua do Riachuelo, no Bairro de Fátima, Centro do Rio, para comprar alimentos com o “Cartão Educação”. Com este cartão, o professor regente (o que trabalha em sala de aula) pode gastar R$ 500,00 por ano em compras diversas. O cartão não é oferecido aos funcionários nem aposentados. O protesto vai mostrar que o profissional de educação precisa com urgência de um reajuste salarial digno e o que o estado oferece hoje, incluindo o cartão, não dá para sobreviver com dignidade – por isso mesmo, o nome do protesto será: “A Educação estadual do Rio tem fome”.

Na terça-feira, dia 5, a categoria realiza uma passeata até o Palácio Guanabara, com concentração no Largo do Machado a partir das 9h, para exigir uma audiência com o governador Cabral – em seguida à passeata, ocorrerá assembléia no clube Hebraica.

Veja o calendário da greve:
30 de junho (quinta): panfletagem nas escolas;
01 de julho (sexta): protesto “A Educação tem fome” – os profissionais de educação irão até o supermercado Mundial, na Rua do Riachuelo nº 192/194, Centro do Rio, às 10h, para comprar alimentos com o “Cartão Educação”. Por este cartão, o professor regente pode gastar R$ 500,00 por ano em compras. O cartão não é oferecido aos funcionários nem aposentados. O protesto vai mostrar que o profissional de educação precisa com urgência de um reajuste salaria digno;
04/07 (segunda): Assembleias da categoria nos municípios e bairros da capital;
05/07 (terça): marcha até o Palácio Guanabara, com concentração no Largo do Machado, às 9h. Logo após a marcha, ocorrerá assembleia no Clube Hebraica (Rua das Laranjeiras, nº 346).

Justiça analisa pedido de liminar do Sepe contra o corte do ponto:

Na terça-feira, dia 28, a 3ª Vara da Justiça da Fazenda Pública do Tribunal de Justiça do Rio realizou uma primeira audiência para analisar o pedido de liminar do Sepe contra o corte do ponto dos profissionais de educação do estado, em greve desde o dia 7 de junho. Todas as partes foram convocadas para a audiência, mas os secretários de governo não compareceram. Apenas a Procuradoria do Estado compareceu. Com isso, uma nova audiência foi marcada para a próxima segunda, no dia 4 de julho. Para esta nova audiência, o juiz titular da 3ª Vara, Plínio Pinto Coelho Filho, convocou em caráter de urgência os secretários de Planejamento e Educação.

No Tribunal, o Sepe defendeu o pedido de liminar em cima do direito de greve do funcionário público e da falta de reajuste anual por parte do governo. O sindicato falou também das más condições de trabalho e dos baixos salários da rede estadual, que levaram os profissionais de educação à greve; a falta de professores na rede também foi destacada na audiência - esta uma consequencia direta dos poucos atrativos para o exercício da profissão em nosso estado, que, mesmo sendo o segundo mais rico do país, tem um dos pisos salariais mais baixos para o professor, além de péssimos índices nas avaliações federais.

Já no dia 22 de junho, ocorreu uma audiência com o governo, que contou com a presença dos secretários de Planejamento e Gestão, Sérgio Ruy Resende e de Educação, Wilson Risolia. Na reunião, o governo se comprometeu a apresentar uma resposta até o dia 15 de julho às principais reivindicações salariais da categoria.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Direção do Sepe Niterói se reúne com FME


Professores da rede municipal de Niterói se reuniram ontem na Fundação Municipal de Educação (FME) para negociar reajuste salarial e descongelamento do plano de carreira. Participaram da reunião o secretário de governo Michel Saad e a secretária de educação, Maria Inês Azevedo.
Em greve de advertência de 48 horas, os professores fizeram uma vigília durante a reunião que começou por volta das 16h. Mas, nada foi acordado. Hoje, às 9h haverá uma assembleia para avaliar se a categoria mantém o movimento grevista.
Além do reajuste salarial, os professores reivindicam melhores condições de trabalho, criação de novos cargos e a redução de carga horária dos funcionários de 30 horas para 40 horas semanais.
Estamos lutando há anos por isso, queremos melhores condições de trabalho e salário com triênio e 15% entre os níveis”, afirmou a professora Rachel Guimarães, do comando de mobilização do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe).
A Fundação Municipal de Educação informou que, em agosto, será instituída uma comissão de avaliação e revisão do plano de cargos e salários a ser composto por membros da secretaria, da fundação e do próprio Sepe.